71°
Sou de todas as moradas
Mas no fim do dia estou sozinho
Sou de todos os amigos
Mas no fim dia me falta carinho
Sou o poeta das poesias tristes
O alegre no meio da tristeza
O suicida em potencia
Com uma ferida que não cicatriza
Minha poesia não enche barriga
Mas esvazia meu coração
Escrevo a despedida
Sou o poeta da solidão
Minhas cartas foram perdidas
Por um amor vazio
Escrevi para sobreviver
E hoje o que peço é a morte
Não tive sorte no amor
Vivi uma ilusão naqueles olhos
Meu coração é um abismo da dor
De um amor que me deixou
Otreblig Solrac - O poeta burro