CRIANÇA DA RUA
Ruas engalanadas
Gente num vai e vem
E tu, criança sem nada
Nem mesmo o amor de mãe
Encolhes-te a um canto
Olhas tudo com tristeza
E cobres-te com um manto
Que é toda a tua riqueza
Criança da rua
Natal tu não tens
Tens fome, tens frio
É só o que tens
Passam apressados
E tu nesse canto
Com olhos inchados
Vermelhos do pranto
Perguntas o porquê
Dessa sina tua
Resposta não tens
Criança da rua
Já muito cansada
Por fim adormeces
Do sonho acordada
Estremeces e gritas
Não...Não quero não
O meu sonho acabado
Pois era Natal
E fui abençoado...
Edyth Teles de Meneses