Réquiem
Hoje deceparam-me as mãos
E toda a poesia contida nelas
Hoje necrosaram-se-me os pés
Que outrora eram trôpegos
E que agora já não suportam mais o peso deste corpo fatigado.
Hoje moeram todo o meu coração
Quando roubaram de mim um sonho.
Hoje sepultaram-me ainda vivendo
Com meu peito arfante buscando um último respiro de esperança.
Hoje, e somente hoje, eu morri!