Traumas

Cada um de nós vamos morrer esse é o nosso propósito

Fazer parte da terra independente do seu ódio

Ela chega e nos leva mesmo com plateia

Nunca senti um aplauso então a cortina se fecha

Como a única luz que habitava em mim e agora se apaga

E mais uma vez meu choro é a sinfonia da madrugada.

Morremos sozinhos nesse mundo sem ninguém

porque é tão caro o preço por não ter alguém?

Minha mente está abalada, eu não sei o que fazer

comprimidos na madrugada já não sinto nem prazer.

Tudo é momentâneo, relativo e fútil

Nada faz sentido, nada realmente importa

Uma confusão mental me atormenta agora.

Durmo tarde, acordo tarde nada tem sentindo

Meu vazio me consome e isso mexe comigo

Minhas olheiras são as marcas de mais uma batalha na madrugada

Nas trincheiras que batalhei a felicidade foi derrotada

Fazia piadas com minha dor, mas ninguém ria

Será que alguém conseguiu sentir a ironia?

Já não faz diferença o que eu tomo

nada de bom eu me proporciono

um ou trinta comprimidos

A morte já falou comigo

A tristeza é meu abrigo

Esse caos é meu castigo

Eu sou meu inferno, eu queimo no meu próprio limbo.

Meu ódio eu uso como pilha

Mas é como uma armadilha

Me machuco como um eterno retorno

Eu sou a carniça e a vida é o corv

Eu faço muita coisa e tudo que eu faço não tá bom

Eu me dedico mas todo meu esforço é em vão

Uns elogiam mas sempre a maioria reclama

Sempre desabafe com a pessoa que você ama

Estou sobrecarregado muitos habitam em mim

Sentam numa mesa e tentam não dizer que esse é meu fim

Toda noite eu morro diariamente, mas meu suicídio não foi para deixar esse mundo

Essas palavras são o que eu sinto a vários anos por isso meus poemas são profundos

Eu matei cada parte de mim, e esse foi o meu castigo

Um dia conversei com Deus e ele disse para mim amar o meu inimigo

Esse sempre foi o meu desejo

Mas como eu vou falar para esse Deus

que meu inimigo

sou eu mesmo?

~Jackson Campos