Decadência
Corredores vazios
Sem amor ou esperança
Apenas uma vasta lembrança
De dias que já se foram
O único sentir que resta é a dor
Não há mais o sonhar
Não há mais sobre o que vibrar
Só me resta esquecer
Que um dia houveram flores nesse jardim
Agora enxergo apenas o fim
Se eu soubesse da dor desse mundo
Nem teria nascido nesse terreno infecundo
Se eu soubesse que nasceria amaldiçoada
Sequer teria existido
Pois não há nada
Nada... Nesse mundo por mim desconhecido
Sem alegria, sem medo
Sem saber como procedo
Deus, por que eu existo?
Que pecado tão grande cometi para merecer isto?
Poderia punir-me tirando a vida
Mas me tortura, enche de feridas
Como se eu fosse a mais terrível existência
Como se eu fosse a própria decadência
Eu imploro, me deixe descansar
Me deixe mais uma vez feliz ficar
Eu não aguento mais estar aqui
Se não posso mais viver as coisas boas que vivi...