Decadência

Corredores vazios

Sem amor ou esperança

Apenas uma vasta lembrança

De dias que já se foram

O único sentir que resta é a dor

Não há mais o sonhar

Não há mais sobre o que vibrar

Só me resta esquecer

Que um dia houveram flores nesse jardim

Agora enxergo apenas o fim

Se eu soubesse da dor desse mundo

Nem teria nascido nesse terreno infecundo

Se eu soubesse que nasceria amaldiçoada

Sequer teria existido

Pois não há nada

Nada... Nesse mundo por mim desconhecido

Sem alegria, sem medo

Sem saber como procedo

Deus, por que eu existo?

Que pecado tão grande cometi para merecer isto?

Poderia punir-me tirando a vida

Mas me tortura, enche de feridas

Como se eu fosse a mais terrível existência

Como se eu fosse a própria decadência

Eu imploro, me deixe descansar

Me deixe mais uma vez feliz ficar

Eu não aguento mais estar aqui

Se não posso mais viver as coisas boas que vivi...

Nayara S
Enviado por Nayara S em 13/10/2021
Código do texto: T7362957
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