RELATO PRIMAVERIL
Nos seus lábios palácio mago
Nos seus quadris bacia lisa
Viragem quando a mão alisa
Até mergulhar no seu lago.
Quando no abraço eu vago
Noite adentro sob a brisa
Quando a aurora nos avisa
O epílogo do nosso afago.
No ranger de uma fera
No crepúsculo tu vinhas
Inebriar nossa atmosfera
Com o aroma que tinhas.
Noites tuas são noites minhas
No perfume da linda primavera
Em que cantam as andorinhas
E que agora o inverno dilacera.