BRANCO

E de repente não sou mais teu

Nunca fui suficiente. Fui?

Recorro aos rabiscos para não me afogar em abstratos

Se a conveniência te mantém aqui, devo me manter inconveniente?

O branco do teu quarto tem mais vida do que imaginei

Talvez seja o insuficiente toque da sua ausência em mim

Permaneço te observando em detalhes.

Ainda está aí?

"Quantos por cento estamos bem?"

Sigo gritando por dentro

E quem sabe um dia me atento

Que já não te pertenço mais a um tempo.