VERSOS, FILHOS DA MINHA INSPIRAÇÃO

Ah! Filhos da minha alma!

Por que teimam em desmascarar

Meus sentimentos,

Pondo-me exposta, a descoberto

Para gentes que, talvez,

Nem saibam o que é amar?

Filhos, filhos...

Não teimem em querer aparecer

A toda hora,

Em qualquer lugar,

Perto de todo mundo,

Como se tivessem o direito

De mostrar o quanto amo

E peno as penas do amor?

Deixem-me ficar na quietude

Da minha solidão,

Guardando os suspiros

Que saem pelos caminhos do meu peito,

Expelindo o hausto da saudade...

Deixem-me esconder o coração.

Filhos, eu amo tanto

Que até sobra o que sinto

Como produto de um moto contínuo

Infinitamente fértil e produtor.

Deixem que eu esconda a minha dor!

Não me façam objeto de lamúria e compaixão.

Se quiserem me ver feliz e satisfeita,

Tragam à minha vida, à minha vida inteira,

Paixão, amor, afeto ou amizade,

Recheados de carinho e de ternura

E, talvez, só um pouco

Um pouquinho somente de saudade!

Rachel dos Santos Dias
Enviado por Rachel dos Santos Dias em 12/11/2007
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