Você me vê?

Meu “estou bem!” sofista não te convence

E esforço-me para que ele seja real.

Mesmo que a minha realidade me faça ver o contrario

Tudo é longínquo, doloroso, invisível

E mesmo assim você vê:

Meus acontecimentos calados

Minha torre de verdades e tristezas

Minha nulificação ‘vitãlis subversus’

Você me vê mais do que me vejo

E escuta até o meu silencio

Meu silencio que por vezes é egoísta como tudo em mim

Eu me vejo!

Tanto assim

E bem mais que isso

E por isso opto pelo meu estado incivil de olhar e ver todas as coisas

Seria a ignorância em que me encontro um tipo epistêmico de viver?

Deve ser!

Vivo assim.

jopasi
Enviado por jopasi em 14/09/2021
Reeditado em 18/09/2021
Código do texto: T7342398
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