Você me vê?
Meu “estou bem!” sofista não te convence
E esforço-me para que ele seja real.
Mesmo que a minha realidade me faça ver o contrario
Tudo é longínquo, doloroso, invisível
E mesmo assim você vê:
Meus acontecimentos calados
Minha torre de verdades e tristezas
Minha nulificação ‘vitãlis subversus’
Você me vê mais do que me vejo
E escuta até o meu silencio
Meu silencio que por vezes é egoísta como tudo em mim
Eu me vejo!
Tanto assim
E bem mais que isso
E por isso opto pelo meu estado incivil de olhar e ver todas as coisas
Seria a ignorância em que me encontro um tipo epistêmico de viver?
Deve ser!
Vivo assim.