Estou triste, mas...
Estou triste.
Mas não a ponto de desistir de mim.
Se bem que no decorrer da vida vou desistindo pouco a pouco;
A cada trago e gole, eu vou me perdendo em mim.
Triste saber que eu me perco todas as vezes que tento me encontrar.
Meus pés estão calejados, eu não aguento mais seguir em frente por sabe se lá o que, sabe se lá pra onde, sabe se lá por qual motivo.
Estou cansado e triste.
Cansei de jurar amores e flores e só receber espinhos.
Eu não aguento mais. E a cada frase falada eu vou aguentando.
Eu vou seguindo.
Até desmoronar.
E quando eu me for, meu bem, não chores não, pois quando eu estava a seu dispor você nem sequer me amava direito.
Só me dava as costas e me deixava navegando sozinho nas águas turvas e turbulentas do desprezo.
Estou pensativo, cansado e triste.
E quando eu penso nisso tudo, eu te digo que: O que sinto está aqui, não nesse monte de palavras que joguei, mas estampado na minha cara...
E você sequer me pergunta o que há. Você segue como se nada tivesse acontecido, como se a vida fosse campo florido e dia ensolarado, mas aqui dentro de mim é só chuva e trovoada, e eu estou inundando e virando maré alta.
Eu estou virando um oceano de tristezas e incertezas.
Estou exausto, pensativo, cansado e triste.
E a cada dia e palavras, a cada gole e trago
Vou chegando mais perto do meu fim
E quando acabar, meu bem, não chore, não.
Eu fiz o que deveria ter feito, e talvez eu não me arrependa de acabar com a dor.