O sal da lágrima em filigranas de ouro

Nada posso escrever em versos brancos,

Nem a tristeza da saudade que me assola,

Talvez apenas nos poemas sempre francos,

Possa dizer-lhes o que ainda me consola.

 

Quando versejo choro em rimas alternadas,

Enriquecidas desse amor que é ouro puro,

Nestas páginas, com filigranas decoradas,

Este versário é o meu banco mais seguro.

 

Se a amnésia sublimar meus pensamentos,

Ainda terei como lembrar da nossa história,

Que ela possa despertar bons sentimentos,

Quando a tristeza revisitar minha memória.

 

Se esta poesia tiver o poder de transformar,

Uma grande dor numa perfeita obra de arte,

Que também possa fazer a poetisa recordar,

Ainda que dela o sal da lágrima faça parte.

 

 

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 04/09/2021
Reeditado em 25/10/2021
Código do texto: T7335390
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