A caminho da montanha
No “Pai Inácio” vou fazer uma escalada.
Deixar para trás o meu distinto cativeiro
Bem lá de cima pular no despenhadeiro
Para alcançar a liberdade tão sonhada...
Neste salto não levarei uma sombrinha.
Sob os pés sentir o chão não faço planos
Estou ciente que só vivo em desenganos
E preciso libertar "minh'alma andorinha”.
Que minha carne se integre à natureza
E as orquídeas enfeitem em derredor...
Se visitar-me, nesse local, o meu amor
Espero que veja o esplendor e a beleza.
Nesta existência não sinto a felicidade.
A procuro e, estando cega, não a vejo...
Ela não é nada do que tenho ou desejo,
Por isso vivo lamentando a saudade...
Não sei de que, ou quem, só sinto falta.
Por isso “ando pela trilha da montanha”.
Sofro a dor que ora parece-me estranha.
Porém sinto o quanto ela me maltrata...
Sondando o vento a mente se prepara...
Em suas asas lanço-me ao esquecimento.
No vácuo "entre o inferno e o firmamento”
O velho espírito do meu corpo se separa...
Adriribeiro/@adri.poesias
Obs. Imagem retirada da internet.