NÉVOA

Só me resta solidão
Em meio a essa fina névoa
Que devora meu coração
Triste sorte busquei pra mim.

Na estrada da fantasia atuei
Sem medo de viver
Me entreguei a vivacidade
Da minha negligente natureza.

Deixada à margem da ilusão
Agora visto meu corpo
De pálida roupagem
Questionando minha dor.

Mas não consigo explicar
O porquê tanta mágoa guardei
Pra na última cena a fria névoa
Do meu fôlego se embebedar.
Xícaras de Prosa
Enviado por Xícaras de Prosa em 19/08/2021
Reeditado em 19/08/2021
Código do texto: T7324227
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