Um adeus suicida

A alma d’um sofredor
Desnuda sua fraqueza
Faz surgir o desamor
Perde toda a sutileza

D’uma razão inquieta
Ao despertar o suplício
Soa o bip de um alerta
Antes de um precipício

Escreve para herdeiros
Diz para quem é o que
Empanzina os hospedeiros
Que do nada passou a ter

Sob o efeito das tentações
Se vai, sem se arrepender
Só lágrimas e lamentações
Para quem ficou no poder

Nem todo destino é igual
Chegando a hora de partir
Não se recebe um sinal
Nem garantia de ir e vir

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Zédio Alvarez
Enviado por Zédio Alvarez em 17/08/2021
Código do texto: T7322451
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