CHUVA DE DOR

O vento sopra pela janela

E sussurra palavras sofridas e doloridas.

O vento trás sua dor,

E suas lágrimas são como as gotas da chuva

Que molham o batente da janela.

Gotículas invadem meu quarto

E espiam por entre as frestas da cortina

A luz que ilumina o ambiente.

Aqui dentro, o frio também me invade.

A névoa que paira sobre meu coração

Invade o quarto e esconde os móveis,

Testemunhas únicas dos nossos momentos de devassidão.

A chuva cessa,

Mas o frio não amaina.

Rogo que a morte venha depressa

E que a névoa leve essa presença dorida,

Que aflige ainda mais a minha solidão.