Desolação

Sinto o gosto amargo do desprazer de viver

Preso a um conjunto de contratos sociais que se chama vida

Ô meu Deus, o quanto vale o meu querer?

Quanto tempo me resta a vagar como bala perdida?

Meu propósito hei de descobrir

Provavelmente quando chegar ao fim da linha

Será que valerá a pena tudo o que eu aprendi?

Ou será que tudo o que dizem não passa de ladainha?

Céu e inferno, equilíbrio constante em meu ser

Dias intensos, nostálgicos e vazios

Lapsos temporais de prazer e alegria

Durmo, acordo, pela frente um longo dia