POR QUE

POR QUE

Por que voltas

Sempre voltas

A surdear meus tímpanos

Com palavras e incógnitas

Passas e arrastas

O meu solo seco

E semeias o frio no coração

Em barcos e vestes de lágrimas

Num aceso lampejo de solidão

Porque voltas...

Eu que me esqueci

As cálidas lembranças

Sentas se a minha mesa

E despreza-me com vinho doce

Embriaga-me em palatos amargos

Num vulto de silencio

As vezes és frio, outras vezes sol

E essa praia de areia em nuvens sem céu

Deixa-me sem pegadas

Num choro de lágrimas

Eu vejo teu riso despreocupado

Fazendo-me escravo...

D´ um amor cruel.

Marisa Zenatte

*Direitos reservados

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 07/07/2021
Código do texto: T7294449
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