AMARGA REALIDADE
Nem sempre o amor
traz o que queremos.
Muitas vezes acontecem
certas decepções
as quais fazem
com que perdemos
o jogo ao qual
nos submetemos a jogar.
E depois acaba
por nos destroçar
no cálido silêncio reflexivo.
Simplesmente, há impactos que doem
mesmo sabendo que um dia aconteceria
e teríamos algo a relevar.
Ainda assim, as decepções
não conseguem desgrudar.
Pensamentos e ilusões fracassadas
meramente ilustradas
Por fim, quebradas.
Sorria, amarga realidade, sorria!
Conseguiu o que queria...
Me despertar!
Conseguiu desabar
Tudo aquilo que construí.
Nas guerras do destino
sou somente um menino.
Nada mais que um inexperiente
queimado pelo seu fogo ardente.
Doendo sem parar
algo difícil de enfrentar,
mas que terei que suportar
por não ter tido a coragem...
A coragem que tanto desejei ter.
Portanto, não sei o que fazer.
O descontrole toma conta
e de repente a mente começa a surtar.
Já não sou mais o mesmo
que costumava ser,
hoje já não é mais o meu interior,
talvez a sanidade não me encontrou
ou talvez me ignorou! Me decepcionou!
Longe da vida real,
perto do abismo,
isso é racional?
Acho que não.
Talvez seja solidão,
tomando conta do coração,
somando a fila da decepção,
como se fosse alguma espécie
de combustão.
Doce incompreensão...
Estou de acordo com o destino?
Obviamente não!
O destino com certeza é meu amigo?
Pode ser o meu inimigo.
Quer o meu bem?
Obviamente não.
Porém quer me devolver a realidade
onde há a verdade,
sendo dolorosa como é,
é menos insuportável que a mentira,
única forma de me ver
livre da hipocrisia
que tanto vejo em meu dia a dia.
AVISO: Eis que o passado retorna na minha porta. Decerto, por um pequeno segundo, deparei-me com essa poesia escrita em 2012, uma das minhas primeiras escritas, quando tinha apenas 15 anos, utopias internas e platonismos a me consumir no silêncio.
Escrita em: 08/07/2012 Iniciada às 23h10min e Finalizada às 23h40 min.