A partida de um sonho
A partida de um sonho nunca é leve
Arrasta tudo à sua volta
Demora em ser, mais ainda em partir
Leva junto virtudes repletas de remendos
Costuras feitas no escuro com linhas rotas e pontos grotescos
O avesso é cheio de nós
Basta olhar, ali não há o perfeito
O avesso é a sombra do que se esconde,
Do que não se teme revelar
Assim o sonho se lança em sua privada viagem
Do seu peso arrastado marcando o chão
Pedaços rotos pelo caminho
que saciam na fome algoz...
Se volta um dia, o sonho
só o tempo dirá
Talvez volte refeito
ou mascarado em outra fantasia...