Lágrimas
As lágrimas vertidas denunciam meu amor;
Que por zelo, brio e intento resta a ventura
Um pobre e cego coração com dissabor;
Vive em pranto, por desprezo e amargura.
Os deslizes de um ser vazio e sem alento
Justificam sua saga de terror e agonia,
Para um mero e prelúdio sofrimento
Teus anseios são respingos de magia
No clarão da noite fria de tormento,
O vilão algoz dilui o que sentia
Dissipando sua dor, entregando-se ao tempo
Fica solto, livre, exposto a ventania
Suas lágrimas de medo e lamento
Simbolizam seu triunfo e calmaria.