Lágrimas

As lágrimas vertidas denunciam meu amor;

Que por zelo, brio e intento resta a ventura

Um pobre e cego coração com dissabor;

Vive em pranto, por desprezo e amargura.

Os deslizes de um ser vazio e sem alento

Justificam sua saga de terror e agonia,

Para um mero e prelúdio sofrimento

Teus anseios são respingos de magia

No clarão da noite fria de tormento,

O vilão algoz dilui o que sentia

Dissipando sua dor, entregando-se ao tempo

Fica solto, livre, exposto a ventania

Suas lágrimas de medo e lamento

Simbolizam seu triunfo e calmaria.

Gilmar Ramos
Enviado por Gilmar Ramos em 28/06/2021
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