Varal
Varal
Silente pensamento
cascata frigida de poesia
vagalumes fugindo ao vento
No escuro breu da noite fria.
Barulhar de insetos
silêncio do ocaso a reclamar!
Na palavra prévia de tua visão
outro alfabeto!
Que queima em fogo calmo
sob o mar.
Na areia de silente prece
um varal esticado
Onde as formigas traçaram seu caminho
Um varal de almas mudas, mal amadas
Secando na delícia dos carinhos.
Francisco Cavalcante