Outroras, outroras
E quem entenderia
Das noites estranhas e frias
Do coaxar do sapo..
que o pai vinha e acudia?
a farofa ao raiar o dia
A bênção à vó Maria!
Quem pode dizer?
Minhas tias
Cerzindo fomes
Gritando nomes
Se sabe meu Deus donde hoje, o Afonso?
A boneca espiga
Que à menina figa fazia?
Quantos foram mesmo os anos
De perdas..ruínas e danos?
Existiu Jesus..existiu?
Aquela gente sadia
A quem nada desunia
Era nesse Norte.. que seguia…
E quem? quem dizer diria
Que o primeiro, abatido seria?
E o primeiro era o da menina, guia?
A farofa esmoreceu...
E por três dias e três noites, fez-se breu!
Nas rezas ofertadas,
Nos terços tremulando nas sanas mãos.
A turma não se desfez,
continuou..seguiu..seguia
E o destino fazia paradas.
Dos nomes..não mais precedia
Quem..quem pensar poderia?
Dorothy Carvalho
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