Humilitas(Poema 9)
Cai dentro de meu ser o peso
Da não descoberta, do eterno
Fugir de valores que me quebrarão.
Da inquietude em não ser a proposta
Do que sempre fui e serei.
Cai dentro de minha alma
Àquela necessidade de descer
Não para uma vista agradável,
Mas para o lugar mais baixo.
Clama ao meu lado a desconhecida
" Humilitas" e a ouço com cansaço.
" Humilitas" pede a mim para que
Sacrifique as antigas ambições,
Os sonhos fechar-se-ão em
Altas torres nas florestas...
Renunciarei aos antigos hábitos.
Ó " humilitas" pedes a mim
Um novo ser, um novo viver,
Mas estarei perdido neste
Novo caminho por quanto tempo?
Quais as qualidades que jamais
Serão vistas novamente em mim?
Tu me pedes uma reconciliação,
Mas apenas o que sinto dentro
De mim é a tentativa de moldar
A mim mesmo, a eterna tentativa
Em construir todo projeto em minha
força.
Molda-me " humilitas", mas deixa
Dentro de mim a possibilidade
De caminhar através do primeiro
Passo dado por meu espírito independente!