Incolor. Inodora. Invisível.
Rastejo-me em sua frente, com dor.
Ao meu redor, vômitos.
As moscas, as larvas, os urubus
fazem festa em minha carne,
embora eu ainda esteja aqui.
Existo, mas não vivo.
Como você não vê?
Como não sente esse odor?
Clamo. Choro. Uivo, uivo...
Como você não ouve?
Está pisoteando em mim,
está em cima de meu corpo,
mas ignora-me.
- Aos seus olhos, minha dor é inexistente.