"Fardos da Tristeza"
Caminho em busca de novos horizontes,
Vou dividindo tudo que tenho
Para amenizar o peso da minha carga,
Vejo luzes coloridas abraçadas com as estrelas...
Palavras escritas pela brisa que o meu rosto afaga.
Existe um silêncio invadindo a madrugada,
A minha mente vai plantando sonhos
Regando pensamentos no jardim das flores da saudade,
O meu corpo cansado... deitado no banco da praça
Envolvido num mar de fragilidade.
Vou viajando na terra do nada,
Sou apenas uma gota que forma o orvalho
E acaricia uma folha descolorida e morta,
Não existe a estrada de volta
Tenho que seguir ultrapassando a única porta.
Não vejo gente nem animais caminhando,
Só pedras demarcando por onde tenho que passar
Pisando no leito de um rio seco e condenado,
Nada vejo, nada peço e nada pergunto...
Nessa terra nada é explicado.
Desperto no meu mundo cinza,
Gente caminhando por todos os lados
Vejo o desperdício dos frutos da mãe natureza,
As cidades de concreto e sem água...
Fardos jogados na lama da tristeza.
(amaropereira)"Fardos da Tristeza"