Adeus
O adeus é um gérmen da saudade,
que brota, e floresce, e ganha o mundo!
E se enraíza tanto, e tão profundo,
que corta o coração pela metade.
Todo adeus tem um quê de majestade,
capaz de governar o fim do mundo.
De semear, regar e plantar fundo
as raízes do bem e da maldade
que vivem, em eterna comunhão...
E sorrateiramente, e sem alarde,
se entregam uma a outra em servidão.
O adeus se rende enfim à insanidade
e juntos os insanos vão (em vão)
buscar mais um adeus noutra saudade.
O adeus é um gérmen da saudade,
que brota, e floresce, e ganha o mundo!
E se enraíza tanto, e tão profundo,
que corta o coração pela metade.
Todo adeus tem um quê de majestade,
capaz de governar o fim do mundo.
De semear, regar e plantar fundo
as raízes do bem e da maldade
que vivem, em eterna comunhão...
E sorrateiramente, e sem alarde,
se entregam uma a outra em servidão.
O adeus se rende enfim à insanidade
e juntos os insanos vão (em vão)
buscar mais um adeus noutra saudade.