Milagres rançosos
 
Há em mim um desgosto latente
Por este país que devia ser de todos
Mas é de tão pouca gente.
 
País de milagres esquisitos
Tantos e tão rançosos
Não falo dos inocentes
Mas de alguns bem mafiosos…
 
É o milagre do novo banco
Que está sempre a envelhecer
E que já só recupera
C’ o dinheiro que a gente “der”.
 
É o milagre das barragens
Milagres bem fabricados…
Vendem a água que temos
Porque “nós” os do costume
Não queremos ser “lavados”.
 
Estes  milagres bem feitos
Só feitos, por quem souber…
Mas duvido que há gente
Que já se esmera a aprender.
 


Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa

 
 
Lucibei
Enviado por Lucibei em 13/05/2021
Reeditado em 13/05/2021
Código do texto: T7254377
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