REMANDO MINHA CANOA

Quinze e quarenta e cinco

no velho barraco de zinco

dez de maio de dois mil e vinte e um

pego a pena e o tinteiro

tem um pé de pessegueiro

e outro de ariticum

eu acho estar sonhando

já não estou controlando

as faculdades mentais

mas vou escrevendo poemas

pensando nas morenas

algumas usam aventais

nos balcões de padaria

ou colar de pedrarias

nas alamedas de Lisboa

agora em sonhos a navegar

e em sonhos quero chegar

remando minha canoa

acordo num banco de praça

um palhaço a fazer graça

palhaço também sou eu

vem a polícia me xinga

levando a garrafa de pinga

o mundo inteiro me esqueceu!

escrito as 15:54 hrs., de 10/05/2021 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 10/05/2021
Código do texto: T7252508
Classificação de conteúdo: seguro