Insone.
A vida parece não mais fazer sentido.
Contudo, há que dormir, por algumas horas esquecer.
A dor impede, a garganta aperta feito torniquete.
Sente as paredes se aproximarem, sufoco.
O silêncio repercute, há que ter uma voz na extrema solidão.
Choro contido, mente partida, coração dilacerado.
A dor corrói,
Destrói,
Feito a faca que remove feridas.
A dor cava novas
Feridas.
Quer dormir,
Sonhar com nuvens coloridas de algodão,
E verdes campos verdejantes de emoção.
A Dor,
De novo invade o coração,
Que aperta feito torniquete.
Sangra o peito, o grito não sai...
Regurgitou pesares e engoliu as nulas esperanças.
Sente as paredes se aproximarem,
Quer gritar mas está muda...
A solidão cala a voz, mata a esperança, destrói os sonhos.
Engole o choro, engole o grito, vomita sonhos, revira-se na cama, e as paredes se aproximam perigosamente.