LOUCURA
Olhos tristes arregalados,
vestidos
com sete panos de amargura,
choram silêncios negros.
Bocas nuas, escancaradas,
gritam por verdade
que vem pintada de mentira.
A loucura
começa a rir na escuridão.
A fome também é negra,
acabou-se o giz de colorir.
Já não vendem,
leve dois pague um...
Apenas resta o esqueleto
atirado para uma vala comum!
©Maria Dulce Leitão Reis
Copyright 19/04/2020