LOUCURA

Olhos tristes arregalados,

vestidos

com sete panos de amargura,

choram silêncios negros.

Bocas nuas, escancaradas,

gritam por verdade

que vem pintada de mentira.

A loucura

começa a rir na escuridão.

A fome também é negra,

acabou-se o giz de colorir.

Já não vendem,

leve dois pague um...

Apenas resta o esqueleto

atirado para uma vala comum!

©Maria Dulce Leitão Reis

Copyright 19/04/2020

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 01/05/2021
Código do texto: T7245432
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