O sanguinário

Sinto como se sempre estivesse chovendo dentro de mim,

uma chuva de sangue, chuva que não parecer ter fim.

Quem dera fosse chuva de apenas dias ruins.

Dentre escolhas tolas, ninguém escolheria ser assim.

Céu escurece... está nublando, o nublado!

Cega o tolo que se vê como um coitado.

Afoga a todos e diz ele quem está afogado.

Vítima de si mesmo ou só um desgraçado?

Desgraça que bate, vai e volta, uma ciranda

Que encanta a todos, mas impede o que canta

De seguir sua melodia quando se espanta

Com o teatro que aplaudem, sem entender, quantas antas.

Sorrisos falsos ou verdadeiros, quem se importa?

Quando o desespero vem e bate em sua porta.

São águas que chegam para levar suas hortas

Que se mancham vermelhas, fome haverá agora.

Thiago José
Enviado por Thiago José em 28/04/2021
Reeditado em 10/05/2021
Código do texto: T7243247
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.