O refrão
Rosas exalam o odor da maldição,
Um brinde à derrota.
O vinho preencha espaço,
Em taças que estavam ocupadas,
Transbordadas de desilusão.
Maldita dor que não passa,
Alma não vive, vagueia,
O coração bate lento,
Sangue escorre nas veias,
No peito cansou de pulsar,
Imploro a ele,
Bombeia!
Ausência é parceiro de cama,
Converso com a televisão,
Sempre há dois pratos à mesa,
Hoje janto com a solidão.
De dia o trabalho me ocupa,
A noite o pranto e o refrão,
Fico ouvindo Marília Mendonça,
Só metade, me entrego ao chão.
"Fomos dois, viramos um
Hoje, somos só metade
Chegamos em lugar nenhum
Hoje, somos só metade".