Contemplação do vazio
E eu que vivo matando meus monstros
Escancaro as portas para que eles entrem em dobro
No sistema mais involuntário
Em que a cobiça me causa ódio
Sou pois o equívoco
A pressa
O imediatismo quase incômodo
A caça
De uma insanidade ínfima
A ambição
O querer tão estupido
A aceitação
De uma parcela humana tão cega
A perda
A distância e a proximidade numa mão dupla
Numa tentativa mesquinha de preencher vazios
Contemplando delírios