Explícito, mas ignorado
Naquela noite saí para morrer. Me assentei, bem na penumbra da má iluminação pública. Coloquei a cabeça entre os joelhos e chorei, gradativamente gemi, intensamente gritei.
Eu estava ouvindo vozes de pessoas que passavam e comentavam meu sofrimento, mas em instantes voltavam a falar de futilidades, enquanto eu sangrava.
Quando abri meus olhos pensei ter sido um sonho, mas quem poderia sonhar em tão profundo desespero?
A dor não passou, e a percepção de que as pessoas apenas me observavam, ainda me atormentava. Apertei os meus olhos e os abri novamente, mas não consegui acordar.