Explícito, mas ignorado

Naquela noite saí para morrer. Me assentei, bem na penumbra da má iluminação pública. Coloquei a cabeça entre os joelhos e chorei, gradativamente gemi, intensamente gritei.

Eu estava ouvindo vozes de pessoas que passavam e comentavam meu sofrimento, mas em instantes voltavam a falar de futilidades, enquanto eu sangrava.

Quando abri meus olhos pensei ter sido um sonho, mas quem poderia sonhar em tão profundo desespero?

A dor não passou, e a percepção de que as pessoas apenas me observavam, ainda me atormentava. Apertei os meus olhos e os abri novamente, mas não consegui acordar.

Luccas olyver
Enviado por Luccas olyver em 14/04/2021
Código do texto: T7232174
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