O Operário

O OPERÁRIO

 

Ele madruga diariamente

ás quatro da madrugada.

 

A fábrica o espera

ás seis em ponto.

Café com pão na mão.

Para acalentar o coração.

 

Ele pensa:

 

-Triste rotina sem fim.

E as horas vão passando,

Juntamente com o barulho

Infernal das máquinas,

Lembrando uma locomotiva.

Desembestada pela trilha da vida.

 

O seu peito dispara,

O seu peito acelera,

Forte

Como uma bomba atômica.

 

Enfim

chega a hora tão esperada!

Café com pão na mão,

Para acalentar o coração.

 

Melris

 

Marli Caldeira Melris
Enviado por Marli Caldeira Melris em 02/11/2007
Reeditado em 05/02/2023
Código do texto: T720977
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