Mutilado
Me sinto mutilado
Meu direito renegado
Onde vou parar?
Estagnado na ruína.
Abandonado
Que mal fiz na vida?
Cada vez mais cerceado
Cada vez mais cercado
Cada vez mais aprisionado
Como um pássaro
Na gaiola
Sem poder voar...
Onde vou parar?
Não adianta gritar
Os gritos só excitam
E impulsionam a continuar
Esperar...
Um dia terei o acalanto
De ser coberto por um manto
Daquela a quem enxugará o meu pranto...