Revisto as vestes negras
Que encarceram o espírito.
e do espelho, me vejo contrito, como inacabados rabiscos
(um quadro velho esquecido)
Da janela, a visão turva, não se enxerga cores (sempre cinza)
A primavera aqui é o que me conforta: as flores acinzentadas dão morte ao jardim, podres e murchas ninguém as vê...
No céu, as nuvens, tóxicas, formadas pela putrefação dos sentimentos, decoram o céus: medo, ódio, vingança
Os pássaros: abutres famintos se alimentando, dos restos das carcaças amortecidas...
De longe a música toca na vitrola: a sinfonia dos desesperados(tocam desarmoniosamente), gritos de almas afugentadas por seus demônios:
E as notas de suas loucuras, vícios, desejos irrefreados de lascívias escorrendo, como líquido fétido da vitrola
(A música não consola)
Sento na cama, acendo um cigarro, um copo de uísque um coquetel de pílulas para anestesiar a alma...
Os olhos... aos poucos se fecham, uma feixo de luz me chama.
E desligando-me, temporiamente de meus sentidos, num misto de sonhos e fantasias, desperto dess
e pesadelo.
Eliezer Teodoro
Enviado por Eliezer Teodoro em 01/03/2021
Reeditado em 02/03/2021
Código do texto: T7195933
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.