Armadura
Diante da penumbra que me toma
Decido por não relutar
Entrego-me gentilmente
Deixo a lágrima rolar
Olho piedosamente
Ao despir-me devagar
Das batalhas e das correntes
Para todo esse penar
Desnudar da armadura
Que da pele não quer soltar
Outrora me protegia
Agora faz sangrar
O cansaço me devora
Desfaleço sem lembrar
Do quanto me dava força
A doçura de te amar.