Escambo Brasilis
Ah,
Escambo malandro,
Troca ouro por espelho e pano.
Vai se esquivando,
Perante os anos,
Ter o poder é o maior de seus planos.
Ludibriaste os indígenas,
Tomaste terras,
Ainda se fez de vítima,
Flertou com a morte,
Madeiras nobres,
E para posse ofertaste vidas.
Lavou com sangue a terra que a eles pertencia,
E o pau Brasil te deu soberania,
E por poder ainda ofertas índias,
Só desmatava e vendia a idéia que o país crescia.
Trouxe negros para juntar riquezas,
Escravizou perante a tristeza,
Ajoelhou diante a igreja,
Trocou a alma por um pote de incerteza.
E na política busca ser servil,
O troca troca foste tu que pariu,
E o poder se troca por alguns mil,
E cargos políticos a todos distribuiu.
Tu colocastes os irmãos em guerra,
Mas são dois lados da mesma moeda,
Contabiliza tombos e quedas,
Troca o desespero por lobos e feras,
Enquanto eles brigam,
Tu recolhes moedas.
Maldito escambo que vai e volta com o centrão,
Poder e dinheiro são sinônimos de extorsão,
Alimenta o ego rebaixando pobre a vilão,
Quem tem fome, tem pressa,
A pressa leva a servidão,
Volta aos tempos antigos,
Queima aldeias e põe o pobre em escravidão.
Ah escambo,
Não és herói,
Tu és vilão.