Escambo Brasilis

Ah,

Escambo malandro,

Troca ouro por espelho e pano.

Vai se esquivando,

Perante os anos,

Ter o poder é o maior de seus planos.

Ludibriaste os indígenas,

Tomaste terras,

Ainda se fez de vítima,

Flertou com a morte,

Madeiras nobres,

E para posse ofertaste vidas.

Lavou com sangue a terra que a eles pertencia,

E o pau Brasil te deu soberania,

E por poder ainda ofertas índias,

Só desmatava e vendia a idéia que o país crescia.

Trouxe negros para juntar riquezas,

Escravizou perante a tristeza,

Ajoelhou diante a igreja,

Trocou a alma por um pote de incerteza.

E na política busca ser servil,

O troca troca foste tu que pariu,

E o poder se troca por alguns mil,

E cargos políticos a todos distribuiu.

Tu colocastes os irmãos em guerra,

Mas são dois lados da mesma moeda,

Contabiliza tombos e quedas,

Troca o desespero por lobos e feras,

Enquanto eles brigam,

Tu recolhes moedas.

Maldito escambo que vai e volta com o centrão,

Poder e dinheiro são sinônimos de extorsão,

Alimenta o ego rebaixando pobre a vilão,

Quem tem fome, tem pressa,

A pressa leva a servidão,

Volta aos tempos antigos,

Queima aldeias e põe o pobre em escravidão.

Ah escambo,

Não és herói,

Tu és vilão.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 23/02/2021
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