BORBOLETAS BRANCAS (2): Placebo

Diante do desconhecido,

Sinto-me fraco e vazio,

Toda a plenitude e brio,

Vazam e já tem fugido.

Porém, maior é o gemido,

Quando é o normal que assusta.

Este é real que mais custa,

A aceitar tendo entendido.

O consolo vago fica,

Silencioso e qual manco,

Anda feito um barranco,

De força mais que finita.

Cada verso aqui escrito,

Serve de vil acalanto,

Que as letras curam meu pranto,

Como um remédio vencido.

Leandro Severo da Silva
Enviado por Leandro Severo da Silva em 19/02/2021
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