BORBOLETAS BRANCAS (2): Placebo
Diante do desconhecido,
Sinto-me fraco e vazio,
Toda a plenitude e brio,
Vazam e já tem fugido.
Porém, maior é o gemido,
Quando é o normal que assusta.
Este é real que mais custa,
A aceitar tendo entendido.
O consolo vago fica,
Silencioso e qual manco,
Anda feito um barranco,
De força mais que finita.
Cada verso aqui escrito,
Serve de vil acalanto,
Que as letras curam meu pranto,
Como um remédio vencido.