Cotinha (in memoriam)
Ouvi falar de ti,
Dias a fio perpetuados,
Como uma grande e nobre alma
Que abraçou uma mulher perdida.
Se não fosses tu essa pessoa amorosa,
Ela teria caído de fome desnutrida...
Acolheste-a como uma filha querida
E trouxeste-a para dentro da tua casa.
Cuidaste da sua dor nas manhãs preciosas.
Deste do teu alimento a essa mulher formosa
Que te sentiu como uma mãe embevecida.
Hoje partiste para um lugar distante,
Cheia de flores, amores e dissabores,
Mas salva pelos teus favores de raínha.
Serás para sempre lembrada como Cotinha,
Dos muitos amores doados àquela paixão minha.