Um Pobre Rapaz

Sou um pobre rapaz, carente e necessitado do teu amor mas você finge que não vê e fere o meu coração, feito uma lâmina da idade medieval, me corta e me esquarteja sem deixar restos, nem sequer rastros, é de uma frieza incalculável, em um mundo, onde poucos procuram o amor, você destoa tanto de quem ama, como de quem não quer amar, não basta apenas me jogar ao relento, numa sarjeta qualquer, num calabouço escuro e sem comida ou até mesmo numa torre alta e isolada, onde ninguém possa ouvir um grito meu, não é suficiente para você, precisa ir além e tripudiar de um frágil coração, entregue de bandeja a tuas mãos; O mundo corrompeu muitas almas e a sua parece ensinar ao mundo como é ser de uma frieza que amedronta e ceifa a esperança mínima de felicidade, tudo hoje é tão transfigurado e manada segue num ritmo alucinógeno, sem qualquer capacidade analítica, é o tal do efeito coletivo; Que um dia você possa acordar desse sono profundo, desse estado sonambúlico e então seja capaz de provar do amor que Deus criou para nós.

Ricardo Letchenbohmer
Enviado por Ricardo Letchenbohmer em 23/01/2021
Reeditado em 23/01/2021
Código do texto: T7166525
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.