Frívola

Me faça vento

Copo d'água

Tempestade

Em pouco nada

Me faça angustia

Lasserante

Extrinchando

Corroendo

Remoendo

Adoecendo

E não vivendo

Me traga as dores

E todas as cores

Me traga o mundo

Do cigarro, o fumo

Me engula

É amargo

Sem sabor

Sem textura

Sem calor

Não mastigue

Prende o nariz

Tem gosto de aniz

E então me deixe ali

Usada

Calada

Louca

Sóbrio nas terças

Nas quintas tão tola

Me amarre os braços

com uma camisa

E me deixe lá

Na porta uma placa

Cuidado

Perigo

Não alimente os frívolos

Juliana Bruns
Enviado por Juliana Bruns em 21/01/2021
Código do texto: T7165431
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