Melancolia
Se algo me aflige antes de dormir
Deixo elevar com maestria, a melancolia
O doce e o amargo das horas lentas
O vazio, que não bate à porta, mas rompe a fenda
E rouba o véu transparente
Do meu rosto, que jaz fulgente
Já não durmo, ausento-me dos sonhos
E dou vida a dor, antes latente
Que devora as ilusões, os planos, o meu agir...
(Michele de Vênus, 18 de Janeiro de 2021)