O Choro do Poeta
O poeta caminha cabisbaixo,
Olhos marejados de lágrimas
Coração apertado no peito
Mal consegue acreditar
Ao ver tanta tristeza ao redor.
Árvores transformadas em carvão
Que outrora eram belas e frondosas,
Animais semimortos queimados
Rastejando em meio ao braseiro,
Numa cena dantesca aos seus olhos.
Antes mata verde cheia de vida
Com a natureza exuberante ativa,
Aves e animais de rara beleza,
Agora tudo em cinzas, empoeirado,
Podridão e morte latente.
O céu em nuvens esfumaçadas,
O poeta chora o seu pranto de dor,
E com raiva e os punhos cerrados
Maldiz o carrasco destruidor,
Esse ser impiedoso e cruel,
Que fez do fogo sua arma mortal.
There Válio – 15-01-2021.