ASAS CORTADAS
Caminho em uma rua desconhecida
Dentro da minha própria casa,
No corredor, as cordas apertam quando avanço.
Olho para minhas mãos
Estavam sangrando
Seu aperto pressionou
Até que o sangue saísse pelos poros
Seu ciúme é doentio.
Cada passo é vagaroso
Sua observação me vigia
Me assusta passear por seus olhos.
Algumas vezes, lembro da liberdade
Bicho que voa, não voou mais
Caiu na sua teia.
Cai.
A luz da natureza não entrava em sua casa,
Da teia em mim amarrada
Só restava escuridão pra olhar.
E sua sombra destacando cada pena que um dia foi minha.