Cansaço

Eu, que me perdi

De mim mesmo

Só me encontro no sono

Que pouco consola

E logo acaba...

Já não mais leio nada

(Mente cansada...)

Sequer penso, não há tempo!

Entre meus tantos papéis

No teatro da vida...

O sustento suado

À custa da alma ferida

Tristezas, efêmeras alegrias

Companheiras de viagem

Que me acompanham nesse turbilhão

Onde não sei bem onde estou

Nem quem sou...

Mas, onde fui parar "eu" mesmo?

Em meio ao meu interior inferno?

Talvez a resposta se ache

Num frio inverno

Quando o sono, que consola,

Não será breve

Mas eterno...

(E por ele espero... virá logo?

Só Deus - ou minha navalha -

O sabem...).

Sergio Vinicius Ricciardi
Enviado por Sergio Vinicius Ricciardi em 08/01/2021
Código do texto: T7154852
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