Cansaço
Eu, que me perdi
De mim mesmo
Só me encontro no sono
Que pouco consola
E logo acaba...
Já não mais leio nada
(Mente cansada...)
Sequer penso, não há tempo!
Entre meus tantos papéis
No teatro da vida...
O sustento suado
À custa da alma ferida
Tristezas, efêmeras alegrias
Companheiras de viagem
Que me acompanham nesse turbilhão
Onde não sei bem onde estou
Nem quem sou...
Mas, onde fui parar "eu" mesmo?
Em meio ao meu interior inferno?
Talvez a resposta se ache
Num frio inverno
Quando o sono, que consola,
Não será breve
Mas eterno...
(E por ele espero... virá logo?
Só Deus - ou minha navalha -
O sabem...).