Elegia de Ano Novo
O Ano Novo nasceu morto
O Ano Novo nasceu torto
Que, de novidades, não tem nada
Vês? Trata-se de nada mais que um aborto
Sangueira mal estancada, água parada
A dor em seus estertores
A soma de todas as tragédias anteriores
Que hão de repetir-se, fatalmente
Pelos próximos trezentos e sessenta e cinco
Dias do ano
Esperança? Só há engano!
Só há ex-perança...