VÃO
Ter meus espaços
Repletos de nada
Ausência de um ser que era tanto
Hoje assim me espanto
Com a aspereza do tato.
Não me conduz
Não faz vibrar
Deixastes fugir as borboletas que sentia agitar por dentro?
Sinto-me escorrer sedenta
Sinto-me tua presa
Que pode ir
Mas não quer ou não pretende
Nunca pensei dizer-te adeus
Se quando te vi
Fitei teus lábios
Desejei-os nos meus
Nunca pensei dizer-te adeus
pois quando mais te tive
Mais te quis
Não, não imaginei amar assim
Muito menos ver chegando ao fim.