Escolha e consequência
Se a minha dor desse sossego,
E a distância de mil léguas...
Se o meu amor não fosse apego,
E a minha vida usasse réguas...
Se toda vez que eu peço arrego,
A minha tristeza desse tréguas...
Talvez o sofrimento que carrego,
Não fosse insensível e insistente.
Que me enfraquece, eu não nego,
O desalmado também é indiferente.
E toda essa crueldade que renego,
Torna minha dor bem mais latente.
E a única escolha que eu prego.
É o despertar da consciência...
Deste coração que é tolo e cego.
Para curar toda sua carência...
Colher das flores que eu rego,
Ser essa a minha consequência.
Adriribeiro/@adri.poesias