Escolha e consequência

Se a minha dor desse sossego,

E a distância de mil léguas...

Se o meu amor não fosse apego,

E a minha vida usasse réguas...

Se toda vez que eu peço arrego,

A minha tristeza desse tréguas...

Talvez o sofrimento que carrego,

Não fosse insensível e insistente.

Que me enfraquece, eu não nego,

O desalmado também é indiferente.

E toda essa crueldade que renego,

Torna minha dor bem mais latente.

E a única escolha que eu prego.

É o despertar da consciência...

Deste coração que é tolo e cego.

Para curar toda sua carência...

Colher das flores que eu rego,

Ser essa a minha consequência.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 25/12/2020
Reeditado em 25/12/2020
Código do texto: T7143646
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